Um Gigante Cósmico: O Provável Maior Buraco Negro Já Encontrado na Galáxia!
Astrônomos acabaram de topar com um buraco negro mais massivo do que qualquer coisa que a gente já viu. Pensem num monstro cósmico, mas tipo, MUITO monstro. Ele é tão pesado que chega perto do limite do que é possível no universo e é umas 10.000 vezes mais parrudo que o buraco negro que mora no centro da nossa própria Via Láctea.
Esse gigante vive numa galáxia super especial, a Galáxia Ferradura Cósmica. O nome já dá uma dica, né? Ela é tão gigantesca que distorce o espaço ao redor dela, tipo quando você joga uma bolinha de gude numa cama elástica e ela afunda. Essa distorção faz com que a luz de outras galáxias que passam por ali se curve, formando um anel gigante que parece uma ferradura. É como se a galáxia fosse uma lente de aumento cósmica!
Pra vocês terem uma ideia do tamanho da criança, ele tem cerca de 36 bilhões de massas solares. O que é uma massa solar? Pensem no nosso Sol. Agora multipliquem o peso dele por 36 bilhões! É muita coisa, né? Essa descoberta foi publicada num artigo fresquinho no _Monthly Notices of the Royal Astronomical Society_.
Os cientistas já sabiam que toda galáxia tem um buraco negro supermassivo no seu coração. E quanto maior a galáxia, maior o buraco negro. Esses grandões são chamados de buracos negros ultramassivos. O Professor Thomas Collett, da Universidade de Portsmouth, disse que esse aí tá no top 10 dos mais massivos já descobertos, e pode ser que seja o campeão! Ele explicou que a maioria das outras medidas de buracos negros são meio indiretas, então a certeza sobre o peso desse novo amigo é bem maior, graças a um método super legal que eles usaram.
E como eles acharam esse bichão? Usaram uma combinação de duas técnicas: a lente gravitacional (aquela distorção do espaço que falamos antes) e a cinemática estelar. A cinemática estelar é tipo um detetive que estuda como as estrelas se movem dentro das galáxias e a velocidade delas ao redor dos buracos negros. É o jeito mais top de medir a massa de um buraco negro, mas só funciona pra buracos negros que estão mais perto da gente, porque as galáxias distantes parecem muito pequenas no céu pra gente conseguir ver os detalhes. Mas aí, a lente gravitacional entrou em cena e ajudou a equipe a enxergar muito mais longe no universo!
O Professor Collett contou que eles viram o efeito do buraco negro de dois jeitos: ele muda o caminho da luz que passa por ele e faz as estrelas perto do centro da galáxia se moverem super rápido (quase 400 km/s!). Juntando essas duas pistas, eles tiveram certeza absoluta de que o buraco negro é real e está lá.
Carlos Melo, um pesquisador brasileiro da UFRGS, que liderou essa descoberta, explicou que esse buraco negro é do tipo ‘dormente’. Isso significa que ele não está ‘comendo’ matéria ativamente no momento. A detecção dele foi pura e simplesmente pela sua força gravitacional imensa e o efeito que ela causa ao redor. O mais legal, segundo ele, é que esse método permite encontrar e medir a massa de outros buracos negros ultramassivos escondidos por aí, mesmo que eles estejam ‘quietinhos’ e não emitam luz.
A Galáxia Ferradura Cósmica e seu buraco negro estão a uns 5 bilhões de anos-luz da Terra. Pra vocês terem uma ideia, a luz que a gente vê hoje saiu de lá há 5 bilhões de anos! Geralmente, pra sistemas tão distantes, só dá pra medir a massa de buracos negros que estão ativos. Mas o método deles, que mistura a lente gravitacional forte com a dinâmica estelar, é muito mais direto e confiável, mesmo pra esses sistemas longe pra caramba.
Essa descoberta é super importante porque vai ajudar os astrônomos a entenderem melhor a relação entre os buracos negros supermassivos e as galáxias onde eles moram. O Professor Collett acha que o tamanho dos dois tá super ligado, porque quando as galáxias crescem, elas meio que ‘alimentam’ o buraco negro central. Parte dessa matéria faz o buraco negro crescer, mas muita dela vira uma fonte de luz super brilhante chamada quasar. Esses quasares jogam uma energia absurda nas galáxias, o que acaba impedindo a formação de novas estrelas.
Nossa própria Via Láctea tem um buraco negro de 4 milhões de massas solares. Ele não tá crescendo rápido o suficiente pra virar um quasar agora, mas já foi um no passado e pode ser de novo no futuro. A Galáxia de Andrômeda e a Via Láctea estão vindo uma na direção da outra e devem se encontrar em uns 4,5 bilhões de anos. Os pesquisadores acham que essa é a hora mais provável pro nosso buraco negro supermassivo virar um quasar de novo!

Uma coisa curiosa sobre o sistema da Galáxia Ferradura Cósmica é que a galáxia hospedeira é um ‘grupo fóssil’. Imaginem que é o estágio final de estruturas gigantescas no universo, onde tudo se juntou numa única galáxia super massiva, sem outras galáxias brilhantes por perto. O Professor Collett acredita que todos os buracos negros supermassivos que estavam nas galáxias menores se fundiram pra formar esse buraco negro ultramassivo que eles acharam. Então, a gente tá vendo o final da história da formação de galáxias e de buracos negros!
Essa descoberta foi meio que um achado por acaso. Os pesquisadores estavam estudando a matéria escura da galáxia pra entender mais sobre essa substância misteriosa. Agora que viram que o método funciona pra buracos negros, eles querem usar os dados do telescópio espacial Euclid da Agência Espacial Europeia pra encontrar mais buracos negros supermassivos e entender como eles impedem as galáxias de formar estrelas.
Fiquem ligados para mais novidades do universo!
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