O Universo tem prazo de validade! E é mais curto do que imaginávamos

O Universo tem prazo de validade! E é mais curto do que imaginávamos

Você já se perguntou quando o universo vai acabar? Pois é, cientistas descobriram que nosso universo tem “data de validade” e, surpresa: ela vai chegar muito antes do que pensávamos!
Três cientistas da Holanda fizeram uma descoberta incrível: o universo está se desfazendo muito mais rápido do que todo mundo imaginava. Eles calcularam que tudo o que existe vai durar cerca de 10⁷⁸ anos. Parece muito tempo, não é? Mas é como se o universo tivesse ganhado um super desconto no tempo de vida – antes, os cientistas achavam que duraria 10¹¹⁰⁰ anos (um número tão grande que nem conseguimos imaginar)

Como os cientistas descobriram isso?

Heino Falcke (expert em buracos negros), Michael Wondrak (físico quântico) e Walter van Suijlekom (matemático) trabalham juntos na Universidade Radboud, na Holanda. Em 2023, eles já tinham mostrado algo surpreendente: não são só os buracos negros que podem “evaporar” lentamente, mas também outros objetos espaciais, como as estrelas de nêutrons.
Depois que publicaram essa descoberta, muita gente ficou curiosa e perguntou: “Tá, mas quanto tempo isso vai levar?” Agora, eles finalmente têm a resposta.

Como o universo vai “evaporar”?

Imagine que tudo no universo é como um picolé deixado ao sol. Mesmo as coisas mais geladas e resistentes, como as anãs brancas (que são estrelas super compactas e frias), vão eventualmente “derreter” e desaparecer.
Os cientistas descobriram que esse “derretimento cósmico” acontece por causa de algo chamado radiação de Hawking. O famoso cientista Stephen Hawking mostrou em 1975 que até mesmo os buracos negros, que parecem sugadores super potentes, na verdade deixam escapar pequenas partículas. É como se o buraco negro fosse uma panela de pressão com um pequeno vazamento.
Com o tempo, esse “vazamento” faz com que os buracos negros e outros objetos espaciais percam energia e, eventualmente, desapareçam completamente.

Quem vai durar mais?

Os pesquisadores descobriram algo curioso: as anãs brancas (aquelas estrelas compactas e frias) são as campeãs de resistência. Elas serão as últimas a desaparecer, depois de 10⁷⁸ anos.
Já as estrelas de nêutrons (que são super densas, como se você espremesse o Sol até ficar do tamanho de uma cidade) e os buracos negros vão durar o mesmo tempo: 10⁶⁷ anos. Isso surpreendeu os cientistas! Eles esperavam que os buracos negros durassem menos tempo, já que têm uma gravidade mais forte.
“O segredo está na falta de superfície dos buracos negros”, explica Michael Wondrak. “Eles acabam reabsorvendo parte da própria radiação que emitem, o que faz o processo ficar mais lento.”.

E quanto a nós e a Lua?

Por diversão, os cientistas também calcularam quanto tempo levaria para um ser humano ou a Lua “evaporarem” por esse mesmo processo: 10⁹⁰ anos. Mas eles brincam dizendo que, obviamente, existem outros jeitos muito mais rápidos de humanos e a Lua desaparecerem antes disso!

Por que isso é importante?

Walter van Suijlekom, um dos pesquisadores, explica que quando juntamos conhecimentos de áreas diferentes como astrofísica, física quântica e matemática, conseguimos entender melhor como o universo funciona.
“Quando fazemos perguntas malucas como ‘quanto tempo o universo vai durar?’ e estudamos casos extremos, na verdade estamos tentando entender melhor as regras básicas do universo”, diz ele. “Quem sabe um dia possamos finalmente entender completamente como funciona essa misteriosa radiação de Hawking.”

O que isso significa para nós?

Não se preocupe! Mesmo que o universo tenha “prazo de validade”, estamos falando de números tão gigantescos que é impossível para nossa mente compreender. Para ter uma ideia, 10⁷⁸ anos é como contar cada grão de areia de todas as praias da Terra… e depois repetir isso trilhões e trilhões de vezes!
Então, podemos dormir tranquilos sabendo que o universo ainda tem muito, muito tempo pela frente. Mas é fascinante pensar que até mesmo as estrelas, planetas e buracos negros não durarão para sempre.
Quer saber mais? Os detalhes completos da pesquisa foram publicados na revista científica Journal of Cosmology and Astroparticle Physics  e também estão disponíveis no arXiv, um site onde cientistas compartilham seus trabalhos.

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