Astrônomos descobrem dezenas de novos quasares luminosos: Uma história cósmica de brilho e mistério

Astrônomos descobrem dezenas de novos quasares luminosos: Uma história cósmica de brilho e mistério

Astrônomos acabaram de nos dar um presentão: a descoberta de 62 novos quasares super brilhantes! Essa galera da Universidade Nacional de Seul, na Coreia do Sul, junto com outros cientistas feras, usou um projeto chamado All-sky BRIght, Complete Quasar Survey (AllBRICQS) para fazer essa proeza. A novidade saiu fresquinha no dia 8 de agosto, em um artigo que foi parar no arXiv, um lugar onde os cientistas compartilham suas descobertas antes de serem publicadas oficialmente.

Mas, peraí, o que são esses tais de quasares? Imagina o seguinte: no coração de algumas galáxias super ativas, existem uns monstros cósmicos chamados buracos negros supermassivos (SMBHs). Eles são tipo aspiradores de pó gigantes que engolem tudo que está por perto. Quando a matéria cai nesses buracos negros, ela esquenta tanto, mas tanto, que brilha mais que um bilhão de sóis! Essa luz toda, que a gente chama de radiação eletromagnética, pode ser vista em várias “cores” cósmicas, desde ondas de rádio até raios-X. É essa luz que a gente vê e chama de quasar. Eles são tão poderosos que a luminosidade deles pode chegar a um quattuordecilhão de erg/s – um número com 45 zeros! É brilho que não acaba mais!

O projeto AllBRICQS é tipo um detetive espacial. Ele foi criado para encontrar quasares que ninguém tinha visto antes, especialmente aqueles que brilham bastante. A sacada é que ele usa dados de um catálogo chamado WISE (Wide-field Infrared Survey Explorer) e informações precisas do Gaia Data Release 3 (DR3) sobre a posição e o movimento das estrelas. Com isso, o AllBRICQS consegue ser muito mais eficiente na caça aos quasares do que os métodos antigos.

Até agora, o projeto AllBRICQS já confirmou a existência de 156 quasares, e agora a equipe da Yunyi Choi, lá da Universidade Nacional de Seul, adicionou mais 62 à lista. “A gente encontrou 62 novos quasares AllBRICQS de vários tipos, incluindo aqueles com linhas de emissão largas e os mais luminosos quasares de linha de absorção larga de baixa ionização de ferro já descobertos”, contaram os pesquisadores no artigo. É tipo achar um monte de joias raras no universo!

Pra achar esses 62 novos quasares, a equipe da Choi primeiro identificou 75 candidatos no hemisfério norte. Depois, eles usaram três telescópios aqui na Terra (na Coreia do Sul e na China) para confirmar que eram mesmo quasares. Esses novos quasares têm um tal de redshift entre 0,09 e 2,48. O que é redshift? Pensa assim: o universo está se expandindo, e as galáxias estão se afastando umas das outras. Quanto mais rápido uma galáxia se afasta, mais a luz dela se estica, ficando mais “vermelha” (como se fosse um carro de polícia se afastando e o som da sirene ficando mais grave). O redshift é a medida desse “esticamento” da luz, e ele nos diz o quão longe e rápido um objeto está se afastando de nós. Então, esses quasares estão bem longe e se afastando rapidinho!

Eles também têm luminosidades bolométricas que variam de 1 a 1.000 quattuordecilhões de erg/s, o que significa que a maioria deles é super brilhante em comparação com a maioria dos quasares que conhecemos.

Uma curiosidade: um dos quasares que eles encontraram, o J0919+3557, era antes considerado uma galáxia. Mas a equipe da Choi, com seus superpoderes de análise, descobriu que ele é, na verdade, um quasar de linha fraca, um tipo de quasar que tem umas linhas de alta ionização meio apagadinhas. É como se eles tivessem corrigido o RG de um objeto cósmico!

E não para por aí! Entre as descobertas, tem um objeto super-raro e notável: um quasar de linha de absorção larga de baixa ionização de ferro, ou FeLoBAL**. Esse tal de FeLoBAL, batizado de J1356+3840, é o mais luminoso desse tipo que já foi encontrado. É tipo o campeão dos FeLoBALs!

Pra resumir a ópera, os cientistas disseram que essa nova leva de quasares vai ser um prato cheio para quem estuda a física dos quasares, como os buracos negros crescem, como eles interagem com as galáxias ao redor e as características das galáxias que os abrigam. “Esses quasares AllBRICQS confirmados são um tesouro para futuras pesquisas sobre a evolução dos quasares, buracos negros, seus ambientes e suas galáxias hospedeiras em diferentes comprimentos de onda”, concluíram os cientistas. Ou seja, tem muita coisa legal vindo por aí no mundo da astronomia!

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