Desvendando os Segredos das ExoTerras com o Observatório de Mundos Habitáveis da NASA!

Desvendando os Segredos das ExoTerras com o Observatório de Mundos Habitáveis da NASA!

Você já se perguntou como a NASA vai encontrar planetas parecidos com a Terra lá fora, em outros sistemas solares? Pois é, a missão do futuro Observatório de Mundos Habitáveis (HWO) é justamente essa! Um estudo recente, publicado no The Astronomical Journal, mergulhou fundo para entender como o HWO vai conseguir diferenciar exoplanetas do tamanho da Terra, especialmente aqueles que estão na zona habitável – a região onde pode existir água líquida, e que carinhosamente chamamos de ExoTerras.

Como o HWO vai caçar essas ExoTerras?

Os pesquisadores usaram umas simulações de computador superinteligentes, chamadas Bioverse, para prever como o HWO vai identificar as ExoTerras. Um dos truques é analisar o albedo dos planetas. Mas o que é albedo? Pense assim: é como o “brilho” de um planeta. É a capacidade que ele tem de refletir a luz do sol. Quanto mais branco e brilhante, maior o albedo. Por exemplo, a neve tem um albedo alto, enquanto o asfalto é bem baixinho. O albedo é medido numa escala de 0 a 1. O objetivo do estudo era descobrir como o HWO poderia “enxergar” albedos mais fracos, já que as ExoTerras são pequenas e não brilham tanto quanto os gigantes gasosos, que são bem mais fáceis de identificar.
No fim das contas, a galera da pesquisa concluiu que o telescópio do futuro vai precisar ser ainda mais potente do que o planejado inicialmente para dar conta do recado e fazer descobertas incríveis!
“Neste estudo, demonstramos a capacidade da estrutura Bioverse para simular a capacidade de futuras missões de imagem direta para testar hipóteses como esta relação albedo-instalação”, concluiu o estudo. “Em pesquisas futuras, pretendemos aplicar a metodologia desenvolvida neste estudo para investigar a detectabilidade de outras tendências em nível populacional usando futuros telescópios como o HWO. Usando uma métrica de desempenho do número de ExoTerras necessárias para testar essas hipóteses, futuros estudos de troca serão capazes de determinar se projetos específicos do HWO serão capazes de atingir este tamanho de amostra alvo, avaliando se um dado caso científico é ou não viável.”

Albedo: a pista para a vida?

O albedo é uma ferramenta poderosa para os cientistas. Ele pode revelar se um exoplaneta tem nuvens, água líquida e até mesmo qual é a sua atmosfera. Tudo isso é crucial para saber se um planeta pode abrigar vida! Albedo e temperatura andam de mãos dadas: nuvens, por exemplo, são mais frias e têm um albedo mais alto (são mais brilhantes). A composição da atmosfera também nos diz se o planeta é rochoso ou gasoso.
Quer um exemplo de albedo altíssimo? O exoplaneta LTT 9779 b, do tamanho de Netuno, reflete cerca de 80% da luz que recebe! Ele fica a uns 264 anos-luz da Terra e é superbrilhante, provavelmente por causa de silicatos com titânio na sua atmosfera. E olha que ele é quentíssimo, com temperaturas de uns 2.000 graus Celsius, por estar muito perto da sua estrela!
Para comparar, aqui no nosso sistema solar, a Terra tem um albedo de 0.3, Júpiter 0.5, Vênus 0.76 e Encélado (uma lua de Saturno) 0.81. Vênus e Júpiter são brilhantes por causa das suas nuvens super-reflexivas, e Encélado é coberto de gelo.

O HWO e a busca por vida

O lançamento do HWO está previsto para a década de 2040. Seu grande objetivo é usar a imagem direta para encontrar 25 ExoTerras. Depois de achá-las, o HWO vai usar a espectroscopia para analisar suas atmosferas. Espectroscopia é como um “leitor de luz”: ele analisa a luz que passa pela atmosfera do planeta para descobrir do que ela é feita. O Telescópio Espacial James Webb já usa essa técnica para encontrar água, dióxido de carbono e dióxido de enxofre em atmosferas de exoplanetas.
Para conseguir “enxergar” as ExoTerras, o HWO vai usar um coronógrafo. Pense no coronógrafo como um óculos de sol superpotente para o telescópio. Ele bloqueia a luz brilhante da estrela hospedeira, permitindo que a gente veja os planetas que estariam escondidos no brilho. Essa já é uma técnica comum para descobrir novos exoplanetas.
Será que o HWO vai nos ajudar a encontrar vida em outros planetas? Só o tempo dirá! Por isso, a ciência nunca para!

Como sempre, mantenha seus olhos no céu!

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