Um Zoom Acidental que Revelou Segredos de um Buraco Negro Supermassivo!
Uma equipe de astrônomos, liderada pelo Matus Rybak lá da Holanda, acabou descobrindo algo super legal sobre um buraco negro supermassivo por pura coincidência. Eles estavam procurando uma coisa e toparam com outra, que é a radiação milimétrica pertinho do coração desse gigante cósmico. Essa descoberta foi tão importante que já foi aceita para ser publicada na revista Astronomy & Astrophysics e você pode conferir no arXiv.
O que é um Buraco Negro Supermassivo?
Pensa num aspirador de pó gigante, mas tão gigante que ele consegue engolir estrelas inteiras e até galáxias! Um buraco negro supermassivo é exatamente isso: uma região do espaço com uma gravidade tão, mas tão forte, que nem a luz consegue escapar. Eles ficam no centro da maioria das galáxias, inclusive da nossa Via Láctea, e são milhões ou até bilhões de vezes mais pesados que o nosso Sol.
A Galáxia com Lente de Aumento
Em 2015, o Matus e a galera dele estavam de olho numa galáxia chamada RXJ1131-1231. Essa galáxia é tipo uma celebridade para os astrônomos porque tem uma outra galáxia entre ela e a Terra que funciona como uma lente de aumento natural. É como se você colocasse uma lupa na frente de um objeto, fazendo ele parecer maior. Esse fenômeno é chamado de macrolensing, e ele faz a galáxia parecer três vezes maior do que realmente é!
O “Faro” para o Microlensing
Eles estavam usando o telescópio ALMA, que é tipo um super-ouvido que capta a radiação milimétrica lá do Chile. O que eles notaram foi que as três imagens da galáxia (lembra da lente de aumento?) mudavam de brilho de forma independente. O Rybak logo sacou: “Isso é um sinal claro de microlensing!” O que é microlensing? É quando uma estrela passa na frente de uma galáxia distante e a luz dessa galáxia é “dobrada” pela gravidade da estrela, criando um efeito de lente ainda mais potente. É como se, além da lupa da galáxia, tivesse uma lupa menor, que é a estrela, dando um zoom extra.
O “Zoom Duplo” e a Radiação Misteriosa
Com esse “zoom duplo” (a lente da galáxia e a lente da estrela), eles conseguiram ver coisas que seriam impossíveis de enxergar de outra forma. Em 2020, eles olharam de novo para a galáxia e conseguiram acompanhar as diferenças de brilho do quasar (que é o centro super brilhante da galáxia, onde fica o buraco negro supermassivo).
O mais curioso é que o quasar “piscava” em radiação milimétrica ao longo dos anos. Essa radiação é geralmente associada a coisas mais “calmas” no espaço, como poeira e gás. Mas os pesquisadores acham que, nesse caso, a radiação está vindo da coroa do buraco negro, que é uma espécie de anel quente e magnético ao redor dele. Já tinham visto radiação milimétrica perto de buracos negros antes, mas nunca souberam ao certo de onde vinha. Agora, parece que a coroa é a culpada!
Próximos Passos
O Rybak e sua equipe já conseguiram tempo para observar o quasar com o Telescópio de Raios-X Chandra. O objetivo é usar o microlensing para entender melhor a temperatura e os campos magnéticos bem pertinho do buraco negro. Por que isso é importante? Porque o que acontece ali, no centro, influencia a galáxia inteira! É como o coração de um corpo: se ele não está bem, o resto também não funciona direito.
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